O analfabeto polìtico 3

Desafiei os meus alunos a expressarem o poema "O analfabeto político" através de desenhos, colagens ou charges. Aqui está o resultado.


O analfabeto político 1

O analfabeto político

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participados acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe,
da farinha,do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra,o corrupto
e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertold Brecht

O analfabeto político 2



Agora é a sua vez!
Após ler o poema de Bertold Brecht e assistir o vídeo, responda as questões abaixo.
1. É importante participar dos acontecimentos políticos do país? Por quê?
2. De que forma podemos participar dos acontecimentos políticos?
3. Bertold Brecht também disse que “o pior de todos os bandidos é o político vigarista, pilantra...”. Como podemos interpretar essa afirmação do autor?
4. Quais as características de um analfabeto político?
5. O que fazer quando ficamos sabendo que um político está agindo desonestamente?
6. EXPRESSÃO ARTÍSTICA: Expresse o “analfabeto político” num desenho, charge ou colagem.

VIVENDO COM LOBOS


                                                                                                               

 Na Índia, onde os casos de crianças-lobos foram relativamente numerosos, descobriram-se, em 1920, duas meninas - Amala e Kamala de Midnapore – que viviam numa família de lobos.
Segundo a descrição do Reverendo Singh que as recolheu, elas nada tinham de humano, e o seu comportamento era exatamente semelhante ao dos pequenos lobos, seus irmãos: incapazes de permanecerem de pé caminhavam a quatro patas, apoiadas nos cotovelos e nos joelhos para percorrem pequenos trajetos e apoiadas nas mãos e nos pés, quando o trajeto era longo e rápido; apenas se alimentavam de carne fresca ou putrecomiam e bebiam como os animais, acocoradas, com a cabeça lançada para a frente, sorvendo os líquidos com a língua. Passavam o dia escondidas e prostradas, à sombra; de noite, pelo contrário, eram ativas e davam saltos, tentavam fugir e uivavam, realmente, como os lobos. Nunca choravam ou riam, característica que se encontra em todas as crianças-selvagens.
Reintegrada na sociedade dos homens onde viveu oito anos, Kamala humaniza-se lentamente, mas, note-se, sem nunca recuperar o atraso: passaram seis anos antes de conseguir caminhar na posição ereta. Na altura da morte apenas dispõe de umas cinquenta palavras. Contudo, se esses progressos são lentos, são também contínuos e realizam-se simultaneamente em todos os setores da sua personalidade. Surgem atitudes afetivas: Kamala chora, pela primeira vez, quando morre a irmã, torna-se, pouco a pouco, capaz de sentir afeições pelas pessoas que cuidam dela, especialmente pela senhora Singh; sorri quando lhe falam. A sua inteligência desperta também; consegue comunicar com as outras pessoas, por meio de gestos, gradualmente reforçados com algumas palavras simples de um vocabulário rudimentar; consegue compreender e executar ordens simples, etc.
No entanto, a criança não tomava qualquer iniciativa de contato, nunca utilizava espontaneamente as palavras que aprendera e, especialmente, mergulhava numa atitude de total indiferença mal as pessoas deixavam de solicitá-la.
REYMOND-RIVER, O Desenvolvimento Social da Criança e do Adolescente, Ed. Aster.

QUESTÃO SOBRE O TEXTO

Reflita sobre a história das meninas lobo e escreva um texto sobre a importância da convivência em grupo para o desenvolvimento humano.